Por sd Walter
O Departamento Penitenciário Nacional (Depen), subordinado ao Minstério
da Justiça, informou nesta quarta-feira (18) que o bicheiro Carlos
Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, está desde as 8h30 no presídio da
Papuda, em Brasília. Cachoeira foi transferido do presídio de segurança
máxima de Mossoró, no Rio Grande do Norte.
Conforme o Depen, Cachoeira chegou em Brasília em um voo proveniente de Fortaleza
e depois foi encaminhado para a Papuda em um carro da Polícia Federal.
Informações iniciais davam conta de que o contraventor chegaria em
Brasília por volta das 10h, mas o horário teria sido divulgado para
despistar a imprensa.
Cachoeira foi preso pela PF na Operação Monte Carlo no fim de fevereiro
e acusado de comandar uma quadrilha que explorava o jogo ilegal. Ele
foi transferido dias depois para Mossoró.
Segundo a Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal,
Cachoeira está em uma área especial da PF, não por ter regalias, mas
sim por ser um preso sob responsabilidade de autoridades federais. Não
há uma definição sobre o tipo de cela em que o bicheiro ficará, mas,
segundo a secretaria, ele deve ficar em uma cela comum, junto com outros
presos.
A transferência de presídios ocorreu por determinação do desembargador
do Tribunal Regional Federal da 1ª Região, Fernando da Costa Tourinho
Neto, proferida nesta segunda-feira (16).
Segundo o desembargador, a prisão de Cachoeira no regime de segurança
máxima não se justificava, uma vez que o bicheiro não representa alto
risco para sociedade nem cometeu crime hediondo.
O primeiro pedido de transferência, feito à Justiça Federal de Goiás,
foi negado e a defesa do bicheiro recorreu ao TRF-1. A defesa do
bicheiro pediu a remoção para que Cachoeira fosse submetido a regras
menos rigorosas de segurança e para que ficasse mais próximo da família e
dos advogados.
Criação da CPI
Os funcionários da Câmara e do Senado devem se concentrar nesta quarta-feira na conferência de assinaturas para confirmar o apoio dos parlamentares para a criação da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito que irá investigar as relações do bicheiro Carlinhos Cachoeira com políticos, autoridades e empresários. A verificação antecede a leitura do pedido de criação, que autoriza a formação da CPI.
Os funcionários da Câmara e do Senado devem se concentrar nesta quarta-feira na conferência de assinaturas para confirmar o apoio dos parlamentares para a criação da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito que irá investigar as relações do bicheiro Carlinhos Cachoeira com políticos, autoridades e empresários. A verificação antecede a leitura do pedido de criação, que autoriza a formação da CPI.
A expectativa é que a leitura do requerimento pela presidente em
exercício do Congresso, deputada Rose de Freitas (PMDB-ES), aconteça
nesta quinta-feira (19). Se isso ocorrer, a comissão já poderá começar a
funcionar na semana que vem.
Na noite desta terça (17), os líderes partidários protocolaram o pedido
de criação com assinaturas de 67 senadores e de 330 deputados federais.
Eram necessárias, no mínimo, 27 assinaturas no Senado e 171 na Câmara.
Até a leitura do requerimento, o parlamentar que quiser pode retirar a
assinatura, e quem não assinou, poderá aderir.
Depois de lido o requerimento, os partidos terão cinco dias para
indicar os integrantes da comissão - 15 deputados e 15 senadores, com
igual número de suplentes.
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