sexta-feira, 1 de junho de 2012

Greve da UERN: PGE quer explicações

Por Sd PM Walter/pmjucurutu

Fonte: Diário de Natal
Após o deslize de desautorizar o pagamento dos servidores antes da decisão da Justiça sobre a greve dos docentes e servidores da Universidade Estadual do Rio Grande do Norte (UERN), o Governo do Estado está se mostrando mais cauteloso, e ainda não recorreu da decisão como havia anunciado ontem. O procurador geral do Estado, Miguel Josino, prefere estudar com calma a decisão da juíza Sulamita Pacheco, que julgou pela legalidade da greve, para poder depois interpor recurso.

Ele quer a juíza esclareça itens que, na sua análise, ficaram obscuros no despacho porque deixou dúvidas que precisam ser sanadas. "A decisão tem omissões e obscuridades, como por exemplo, a exigência dos 30% da Lei de Greve que as categorias em greve estão descumprindo", disse Josino acrescentando, por outro lado, que a intenção do governo não é de radicalizar e uma prova disso foi a liberação, ainda ontem, do pagamento dos profissionais.

Além disso, segundo Josino, o Governo do Estado também quer retomar o diálogo e reabrir as negociações.Mas já avisa: "Uma coisa é certa, não podemos avançar em muito na cláusula econômica por conta da Lei de Responsabilidade Fiscal", mesmo descumprindo um acordo realizado com a categoria ano passado. Mas promete trazer à mesa a questão da autonomia que é um sonho da UERN e até a possibilidade de uma futura federalização da universidade.

Já os docentes da Uern realizaram ontem assembleia e confirmaram a continuidade do movimento, em função de não terem recebido nenhuma proposta do governo, nem de sequer abrir novamente a mesa de diálogo de negociação. Segundo Flaubert Torquato, presidente da Aduern, os docentes esperam uma resposta do governo ao documento encaminhado à governadora ainda no início de maio. A Aduern reivindica o pagamento do reajuste de 10,65% no mês de maio, retroativo a abril. 

Os cerca de 2.100 professores e servidores, ativos e inativos, da UERN. Praticamente todas as salas de aula das graduações estão fechadas, funcionando apenas alguns setores administrativos. (FF)